A secretária Fabya Reis, divulgou o Edital da Década Internacional Afrodescendente

A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) participou nesta terça-feira (26), no município de Prado, de um encontro de formação para dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O evento, realizado no Assentamento Jaci Rocha, teve 10 dias ininterruptos de duração, abordando temas relacionados à organicidade, questão agrária, aspectos da história e filosofia, agroecologia, dentre outros. Abordando a temática “Questões raciais e interseccionalidade”, a titular da Sepromi, Fabya Reis, destacou que a luta antirracista, de gênero e da reforma agrária caminham juntas em determinados momentos, mas é preciso considerar a variedade de formas de opressão.  “Na luta de classe existe uma diversidade de segmentos. Não somos, de fato, homogêneos. Somos uma diversidade de lutas, considerando as variadas formas de opressão históricas”, pontuou.

 

A secretária citou intelectuais e referências da luta das mulheres negras, a exemplo de Lélia González e Carla Akotirene, além de escritores como Clóvis Moura e o teórico Florestan Fernandes que, segundo ela, contribuiu para a contestação da tese da democracia racial no país. Ao longo do dia os participantes realizaram debates, reflexões teóricas, grupos de trabalho, dentre outras atividades, que culminaram com o ato de formatura, realizado na programação noturna.

 

Políticas de reparação – Durante o evento foram destacadas, ainda, a instituição de organismos governamentais na Bahia como as secretarias de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e de Políticas para as Mulheres (SPM), a partir de 2008, fomentando o debate e articulando políticas nos campos raciais e de gênero, como estratégias de reparação histórica.

 

A secretária divulgou, ainda, o Edital da Década Internacional Afrodescendente, lançado pela Sepromi e cujas inscrições seguem abertas até o próximo dia 12 de abril. Com recursos na ordem de R$ 2,5 milhões, a chamada pública vida apoiar projetos a serem desenvolvidos em períodos emblemáticos da luta e afirmação negra, a exemplo do Julho das Mulheres Negras, Agosto da Igualdade e Novembro Negro.