Bretas tira o sono da classe política e empresarial brasileira com novas informações sobre a Lava Jato. (Foto: Reprodução/Facebook)

O juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, reconheceu uma falha relacionada à ausência de denúncias sobre juízes, promotores e procuradores. “A operação [Lava Jato] deixou a desejar em relação ao Judiciário e ao MP . Há a sensação também de que não existe Lava Jato com a mesma intensidade em outros estados”, disse Bretas, em entrevista a ÉPOCA .

Ele discorda da tese de que as investigações foram parciais, uma reclamação clássica de petistas. “Os partidos mais envolvidos foram os ligados ao Poder Executivo, simples assim. E aqui no Rio, no caso, o MDB foi mais atingido que o PT porque era quem governava”, afirmou.Bretas acrescenta uma informação de tirar o sono da classe política e empresarial brasileira. “Não para de chegar material, só não andamos mais rápido na operação por falta de pessoal. A verdade é que a Lava Jato não terá fim, ela é o novo normal”.

O juiz preferiu o silêncio quando lhe foi perguntado sobre a notícia da semana — a decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do STF, de suspender investigações nas quais dados bancários tenham sido compartilhados, sem autorização judicial, por órgãos de controle como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).