Por seu lado, João Roma (Podemos) considera essencial uma sintonia no texto entre Senado, Câmara e Executivo

Entregue na terça-feira (21), pelo ministro da Economia Paulo Guedes (foto), a reforma tributária do executivo vai enfrentar muitas dificuldades no Congresso Nacional, avalia o líder da bancada baiana no parlamento, deputado Marcelo Nilo (PSB). “Vai ser uma disputa política muito boa”, previu o parlamentar baiano, em contato com a imprensa.

De acordo com Nilo, o tema é polêmico. A co-existência de um texto proposto pela Câmara e outro formulado pelo Senado, é improvável que o texto seja aprovado este ano ainda. As pressões vindas de cada estado, a seu ver, também vão influenciar nas discussões.

“É o tipo de projeto em que para um estado ganhar, outro vai ter que perder”, adverte. Marcelo Nilo ainda não leu o texto enviado pelo Executivo, pois na véspera ficou até o começo da madrugada na votação do novo Fundeb. A sessão reforçou outro argumento do parlamentar. “O Centrão vai votar como (na reforma tributária)? Entre a educação e o governo, o centrão ficou com a Educação (na PEC do Fundeb)”, lembrou Nilo.

Durante a pandemia, o executivo ensaia uma aproximação com o blocão, que vem recebendo cargos. Mas na votação do Fundeb apenas sete deputados votaram a favor do governo e contra o relatório costurado na Câmara , proposto pela deputada professora Dorinha (DEM-TO).

Sintonia

Em nota, o deputado baiano João Roma (Republicanos) afirmou que vai buscar uma sintonia entre governo, Senado e Câmara na reforma tributária. O parlamentar integra a comissão mista que iniciou a apreciação entre as propostas das duas casas do Congresso – a PEC 45, da Câmara dos Deputados, e a PEC 110, do Senado.

“Se não existir realmente uma sintonia entre governo, Senado e Câmara, não vamos conseguir aprovar essa reforma ainda no segundo semestre, o que seria essencial para ajudar o Brasil a superar as mazelas dessa pandemia”, destacou Roma, que também foi relator da PEC 45. “Agora, mais do que nunca, precisaremos de diálogo, harmonia e serenidade nas discussões para aprovarmos essa matéria, sob pena de agravarmos ainda mais os impactos que temos sofrido com a recessão”.

*Adriano Villela/Bahia.Ba