O prefeito Augusto Castro disse acreditar que a abertura do comércio não ajuda a espalhar o novo coronavírus (Covid-19). A afirmação foi feita ao justificar a flexibilização das atividades econômicas no último final de semana, indo de encontro a decreto estadual que proibia o afrouxamento das medidas para coibir o avanço da covid-19 e diminuir a ocupação de leitos de terapia intensiva no estado.

– Nossa preocupação [ao permitir a abertura do comércio] foi a economia. Comércio não é a problemática do covid-19 – disse Augusto Castro ao Bahia Meio Dia (TV Santa Cruz), reforçando a necessidade de adotar medidas de prevenção ao vírus.

Augusto também ressaltou que autorizou o afrouxamento das medidas restritivas na semana passada em conjunto com Mário Alexandre, Marão, prefeito de Ilhéus. Setores se posicionaram contra a flexibilização, a exemplo da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesi), que considerou contraditória a abertura de atividades não essenciais em uma semana em que o prefeito decretou calamidade pública no município.

O prefeito tem sido menos rigoroso do que o seu antecessor, Fernando Gomes, nas medidas de enfrentamento ao vírus que já matou 448 moradores de Itabuna.

Desde o início de março, o prefeito enfrenta grande pressão do empresariado para que seja flexível quanto à abertura do comércio. Enquanto a Região Metropolitana de Salvador fechou as atividades consideradas não essenciais, Augusto permitiu a flexibilização. O prefeito tem sido menos rigoroso do que o seu antecessor, Fernando Gomes, nas medidas de enfrentamento ao vírus que já matou 448 moradores de Itabuna.

Segundo ele, o fator que pesou para restringir o comércio no próximo final de semana de Feriadão de São José foi a descoberta de cepas da variante da covid-19 de Manaus em Itabuna. “Por isso, essa medida um pouco amarga”, acrescentou. A variante foi confirmada no município, pelo Laboratório Central (Lacen-BA), no último dia 4 de março.

Hoje, o prefeito recebeu donos de academias de ginástica na área externa do Centro Administrativo Firmino Alves. Os empresários queriam a flexibilização da atividade também no final de semana, mas somente será permitido o funcionamento, agora, na próxima segunda (22).

Reforçou que medidas para garantir abertura de atividades não essenciais estão sendo adotadas, a exemplo da abertura do Hospital de Campanha, ao lado do Hospital de Base, com 20 leitos clínicos e 15 de terapia intensiva. A previsão é de que o hospital comece a funcionar até o final deste mês.