A Defensoria Pública da Bahia (DPE) pediu ao comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Paulo José Coutinho, a instauração de um processo disciplinar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação que resultou na morte de três jovens na Gamboa, em março deste ano.

Durante a ação policial, três jovens, de 16, 20 e 22 anos, morreram após serem baleados. Os moradores da comunidade relatam que os PMs chegaram atirando no local, levaram os jovens para um imóvel abandonado e os executaram. “Toda dor que eu estou sentindo hoje, Deus vai me confortar”, desabafou a mãe de uma das vítimas.

Segundo o DPE, a medida disciplinar deve ser instaurada por causa da “gravíssima situação de violação dos direitos humanos ocorrida na operação”.

De acordo com o G1, a defensora pública e coordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Lívia Almeida, destacou que o órgão sentiu necessidade de pedir a instauração do processo por causa das divergências entre as conclusões dos inquéritos instaurados na Corregedoria da Polícia Militar e na Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Segundo ela, a PM fez apenas um relato do caso, recomendou anotações nos registros dos policiais envolvidos e o encaminhamento ao Ministério Público. Para Lívia Almeida, além de ser uma medida de justiça, a instauração do processo de apuração das condutas dos agentes policiais envolvidos é uma resposta necessária do Estado.