DECRETO MUNICIPAL PROÍBE ENTRADA DE MÉDICOS NA CIDADE, MAS LIBERA ACADEMIAS EM CANAVIEIRAS
Por meio do Decreto 087, de 13 de maio de 2020, o prefeito de Canavieiras, Dr. Almeida, proibiu a entrada de profissionais da área médica na cidade – médicos, enfermeiros e afins – que venham com a finalidade de realizar atendimentos e procedimentos eletivos. Somente é permitida a entrada de profissionais que trabalhem em plantão ou emergências médicas previamente confirmadas pela Secretaria da Saúde, e pelo prefeito que se declara adimirador e seguidor do presidente da republica Jair Bolsonaro.
O decreto é editado logo após a polêmica com um médico canavieirense residente em Camacan e que atende em uma clínica de Canavieiras ser proibido de entrar na cidade pela barreira sanitária, embora não apresentasse nenhum sintoma do Covid-19. O caso revoltou a população e o prefeito resolveu dificultar o ingresso de outros profissionais da medicina que não trabalhem para a Secretaria da Saúde.
Sendo alvo diários de denúncias, a saúde de Canavieiras, possui uma estrutura precária e atendimento dificultado, obrigando as pessoas dormirem na fila para tentar uma ficha de atendimento. Muitas das vezes, sequer conseguem a ficha dado ao grande número de pessoas em busca dos serviços médicos e são obrigados a tentar outras vezes, nas mesmas condições.
A insuficiência na prestação do serviço médico prestado pelo município, por meio do SUS, permitiu a implantação de diversas clínicas médicas particulares, que atualmente suprem a deficiência estatal. Agora, com a proibição do ingresso dos médicos na cidade, a população fica sem prejudicada por falta de atendimento médico público e privado, mesmo tendo um grande número de pessoas idosas que sofrem de hipertensão, doenças cardiopáticas e diabetes.
ACADEMIAS DE GINÁSTICA
O prefeito Dr. Almeida, que é médico, no mesmo decreto em que proibiu a entrada dos profissionais de medicina na cidade liberou o trabalho nas academias de ginástica, que poderão funcionar das 5 às 8 horas e das 15 às 20 horas. E o argumento utilizado no decreto para a liberação das academias foi o de que é uma atividade voltada à saúde física e mental, portanto necessária.
Fonte: Pimenta