A Bahia terá quatro polos de produção de energia limpa, gerados a partir do aproveitamento de resíduos sólidos urbanos (RSU). Para isso, a Connepar – Empreendimentos Ambientais, Consultoria & Participação firmou um protocolo de intenções com governo do Estado para implantar os centros de aproveitamento do lixo nas cidades de Simões Filho, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Ilhéus. O investimento estimado para cada unidade é de R$60 milhões, com capacidade de operar até 500 toneladas por dia de resíduos sólidos.

Para viabilizar o projeto, a Connepar passou a liderar um consórcio formado com as empresas New Business, Silcon Ambiental Ltda e Grupo Fadul Baida Netto, o que permitirá o inicio da implantação dos polos de produção de energia limpa e outros produtos nas quatro cidades baianas. Segundo o diretor-presidente da Connepar, Alfredo Malafaia, para viabilizar o negócio foi montada uma engenharia financeira, que ficará à cargo da New Business, dirigida pelo economista Barbosa Leite. “Essa ação introduz um elemento importante na operação: o Certificado de Energia emitido pela Connepar em favor do gerador de RSU (resíduos sólidos urbanos), que será lastreado por CCI (Cédula de Crédito Imobiliário), que, por sua vez, descartará todos os seus resíduos na planta da Connepar”.

Com a operação, os resíduos sólidos vão gerar energia, óleo combustível ou carvão, produtos com os quais resgatará os títulos de quem os tiver em mãos. “Isso permitirá que as grandes empresas gerem o lixo e equacionem a destinação através do projeto de Energia Limpa da Connepar, um projeto com soluções ambientais arrojadas, inovador, em que se observa todas as disposições da legislação em vigor”, explicou.

De acordo com Alfredo Malafaia, o município que sediará o empreendimento, assim como as cidades do entorno, também poderão contar com os benefícios da planta fabril. “De que forma? Enviando excessos aos seus aterros sanitários para serem tratados e recebendo diversos materiais reciclados para emprego em suas obras e intervenções na administração local”.

Capacidade

O investimento estimado para cada unidade é de R$60 milhões, com capacidade de operar até 500 toneladas por dia de resíduos sólidos. “O aproveitamento da mão-de-obra nos níveis superior, medio e técnico chegará a 150 funcionários por planta”, disse o diretor-presidente da Connepar, ao explicar que produzirá a partir dos mesmos combustíveis: Syngas (auto sustentará o sistema) , Carvão (PCS: >6000 kcal/kg) e Óleo (PCS:>10000 kcal/kg). “No caso dos dois últimos, serão comercializados como insumos energéticos, produzindo energia térmica ou eletrica”, completou.
*A Tarde